EUA investigam se atirador de Orlando teve ajuda em massacre

Americano Omar Mateen é filho de imigrantes afegãos. Obama diz que não há provas de que ataque seja parte de plano maior.

Autoridades dos Estados Unidos investigam nesta segunda-feira (13) se alguém ajudou o atirador que matou 49 pessoas em uma boate gay de Orlando, na Flórida. Para a Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI), não há risco de novos ataques.

Em entrevista nesta segunda-feira (13), o presidente Barack Obama disse que aparentemente o assassino foi influenciado por informações de extremistas que viu na internet, mas que não há "provas claras" de que o ataque tenha sido dirigido por extremistas nem que o atirador seja parte de um "plano maior".

O presidente disse, porém, que eles ainda não sabem e que estão sendo investigadas "todas as motivações" do assassino.

O diretor do FBI, James Comey, também disse que é cedo para saber os motivos que levaram Mateen a cometer o ataque. "Estamos altamente confiantes de que ele era radicalizado", afirmou, no entanto, e confirmou que o agressor jurou lealdade ao líder do Estado Islâmico. Para Comey, não há, por enquanto, evidência de que o ataque tenha sido dirigido do exterior.

O agressor foi investigado durante dez meses, e depois disso seu nome apareceu de novo. Ele teria dito a colegas de trabalho, que tinha elos com o grupo terrorista Al-Qaeda.

Comey disse que, a princípio, não houve nada de errado nas investigações do FBI sobre o suspeito. Ele afirmou que o trabalho do FBI é difícil, mas deve ser feito com transparência.

Na madrugada do ataque, Mateen, segundo Comey, falou 3 vezes com o serviço de emergência 911 enquanto estava na boate: na primeira ligou e desligou, na segunda falou brevemente e desligou, e na terceira conversou brevemente após o atendente ligar de volta. Nessas ligações, jurou lealdade ao líder do Estado Islâmico.

James Comey disse que em momentos diferentes Omar Mateen demonstrou simpatia por grupos terroristas rivais, como Estado Islâmico, Frente Al-Nusra e Hebbollah, o que aumenta a "confusão" na investigação.

Crédito: G1 Globo